Os canibais da rua do Arvoredo

A primeira pergunta: um s?culo e meio depois a hist?ria se repete? Em 1863, na Rua do Arvoredo, em Porto Alegre, um abomin?vel caso ganhou notoriedade: Catarina Palse e Jos? Ramos mataram pessoas e comercializaram a carne delas. A hist?ria mereceu refer?ncia at? no caderno de anota??es do naturalista Charles Darwin. Um s?culo e meio depois, com base em evid?ncias nada desprez?veis, h? quem garanta que os dois voltaram para se vingar. Basta uma ?nica equa??o de l?gica para ganharem sentido os boatos de que Porto Alegre voltou a consumir carne humana, com vol?pia e prazer, agora em pleno s?culo 21. O epis?dio come?a quando um casal de jovens universit?rios, ele estudante de Gastronomia, ela de Medicina, v?o morar na mesma casa na antiga Rua do Arvoredo. Poucos dias ap?s a mudan?a, eles descobrem no por?o objetos que podem ter sido usados pelos antigos moradores para sacrificar suas v?timas e transform?-las em lingui?as. Influenciados pela descoberta, vivem momentos de prazer e de medo, assustados com os fatos inexplic?veis que passam a ocorrer no interior da casa. Possu?dos pelos esp?ritos dos antigos assassinos, sentem-se designados a cumprirem uma miss?o de vingan?a, que, em princ?pio, n?o sabem exatamente qual ?. At? que cometem o primeiro crime. Toda a narrativa ? feita por um observador onipresente, que se apresenta como membro de uma organiza??o internacional, cujo objetivo maior ? dominar o mundo. ? poss?vel confiar nesse narrador e em suas hist?rias mirabolantes? Tire voc? mesmo as suas pr?prias conclus?es nesta saborosa e horripilante s?tira.