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Beskrivelse
Segunda parte da trilogia. A primeira parte encontra-se gr tisSinopse: Matthias um rapaz que viveu isolado com a sua fam lia, lutando pela sobreviv ncia, d os primeiros passos fora da sua fazenda, numa sociedade que emerge das cinzas.Sara uma jovem que, aparentemente, foge para leste, para poder escapar das garras de um Estado opressor.Gustavo, ap s 15 anos de poder, decidiu que est na hora de encontrar um sucessor. No entanto, uma surpresa vinda do passado poder mudar os seus planos.O destino dos tr s ir cruzar-se.
Excerto:
Gustavo dormiu mal durante a noite, com sonhos agitados, sem encontrar postura, mexendo-se constantemente na cama, olhava para a esposa e via como Rute dormia tranquilamente como um beb . Levantou-se e foi sentar-se, sozinho, s escuras, na sala, em frente televis o, mas com esta apagada. A temperatura era bastante baixa, a habita o estava gelada e a sua mente voou at era antiga, quando era uma crian a e passava as f rias do Natal com os seus av s paternos, nos Lentiscais, quando esta era uma pequen ssima aldeia. Recordou o seu av a acord -lo gentilmente.
- Gustavo, acorda, queres vir comigo fonte buscar gua?
- Mas ainda de noite, av
- N o, j nasceu o sol, anda, vem, levo-te em cima do burro.
E l iam os dois, Gustavo no lombo do burro, em cima da albarda, agarrado ao pelo spero e branco do animal, enquanto o seu av ia frente, de r dea na m o, guiando-os at fonte. Passavam pelo caminho de cal ada romana, o burro balanceava e os c ntaros de metal batiam uns nos outros produzindo um ru do met lico, que os acompanhava at nascente.
- V , salta da , Gustavo. Vai l dar a manivela da fonte, enquanto eu recolho a gua.
Como era fria e pesada a manivela, Gustavo fazia um esfor o para que a enorme roda come asse a girar, ent o a gua armazenada na nascente iniciava o processo de ascens o e o precioso l quido brotava por um tubo pendurado e enchia os quatro c ntaros que tinham trazido.
No caminho de volta, o velho sempre lhe perguntava:
- Ent o, n o queres ir em cima do burro?
- N o, vou bem, av , ele j vai muito carregado, coitado.
- Mas ele um burro de carga para isso que ele serve.
- N o, deixa estar, av , eu vou bem ao teu lado.
- s um bom menino, Gustavo. Tens um bom cora o.
No escuro, Gustavo recordava todos os detalhes dessa hist ria; sentiu saudades dos seus av s e dos seus pais e perguntou-se a si mesmo se eles estariam orgulhosos dele. Certamente que n o poderiam estar de acordo com todas as suas a es, eles eram pessoas humildes e honestas que o tinham educado com bons princ pios e valores: deveria ser generoso, que mentir e roubar era feio e que a fam lia era sempre o mais importante.
- Mas se tudo isto fiz pela minha fam lia, - falava baixinho, quase impercept vel, tentando justificar-se a si mesmo - primeiro para salvar os meus filhos e pais e depois para que eles, os meus filhos, tivessem um futuro justo, um porvir mais digno.Gon alo JN Dias nasceu em Lisboa, em 1977, licenciado em Eng. do Ambiente e Recursos Naturais, atualmente vive no Pa s Basco, Espanha.
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