Mencius, Discípulo de Confúcio

MENCIUS (孟子), DISC?PULO DE CONF?CIO. No s?culo IV a.C. o que ? agora a China estava imerso num momento dram?tico da sua hist?ria, sem um poder central, os diferentes reinos existentes lutaram cruelmente para alcan?ar a hegemonia sobre o vasto imp?rio sem se preocuparem com o sangue abundante derramado pelos soldados, outrora camponeses pobres, que foram for?ados a abandonar os campos deixando as suas fam?lias: crian?as, mulheres e idosos, submersos na pobreza mais absoluta porque n?o lhes podiam dar o m?nimo sustento. Os reis e pr?ncipes que se tornaram senhores da guerra n?o se preocuparam com a situa??o dos seus s?bditos, abandonados ? mis?ria e ao desespero total. Os ideais de paz estabelecidos pelos grandes s?bios de outrora, tais como Lao Tze e Conf?cio, tinham sido esquecidos ou pisados pelos cascos dos cavalos dos senhores da guerra. Nenhum dos disc?pulos de Conf?cio se apresentou como campe?o de uma cruzada de paz e humanismo, at? ao s?culo IV a.C., no auge do apelo dos reinos em guerra, um dos disc?pulos de Conf?cio, Mencius, ou Mestre Meng como era conhecido, levantou este baluarte para se tornar o maior dos disc?pulos de Conf?cio, apesar de n?o ter obtido os seus ensinamentos directamente do seu mestre, 100 anos ap?s a sua morte. Mencius n?o s? tomou e reavivou as ideias de Conf?cio, como aprofundou mais do que ningu?m esta doutrina, radicalizou-a e conduziu a ideias revolucion?rias para o seu tempo e para os tempos vindouros, que ainda hoje s?o plenamente v?lidas. Nunca ningu?m se aprofundou tanto no problema da paz e da necessidade de condenar a guerra e a viol?ncia e denunciar os horrores das ac??es de Castro como este disc?pulo de Conf?cio o fez. No que diz respeito ao ser humano, para Mencius, a consci?ncia do homem n?o ? uma entidade est?tica isolada da sociedade, ele ? por natureza bom, e o seu comportamento ir? variar de acordo com o ambiente em que vive. Se este ambiente for hostil, mis?ria, fome, calamidade, etc., ? mais prov?vel que siga uma conduta errada. Se estas circunst?ncias mudarem, ou se receber instru??es adequadas, pode regressar a um caminho virtuoso. De acordo com estes princ?pios, Mencius tentou inculc?-los nos governantes de diferentes estados ou reinos chineses da ?poca, para que exercessem um governo justo para o bem dos cidad?os, que, h? que diz?-lo, estavam sob um regime de extrema opress?o e mis?ria, em virtude de impostos elevados, por vezes para a guerra, ou para satisfazer os sentimentos desordenados de riqueza destes governantes. Nas palavras de Mencius: O povo ? o elemento mais importante de uma na??o; os esp?ritos da terra e o gr?o v?m a seguir; o soberano conta pelo menos", pelo que ele se define abertamente como significando que o povo ? mais importante do que o governante, um assunto n?o agrad?vel aos governantes chineses dos reinos pelos quais viajou e que certamente lhe valeu a animosidade destes e dos funcion?rios que os serviram preocupados apenas com o seu bem-estar pessoal e n?o com o do seu povo. Mencius e Conf?cio foram figuras dram?ticas na hist?ria, no sentido em que n?o conseguiram alcan?ar os objectivos b?sicos que tinham estabelecido para as suas vidas, o primeiro no sentido de ajudar a trazer a China de volta aos c?nones e esplendor dos antigos, e o segundo no sentido de alcan?ar a felicidade e bem-estar do povo sob bons governos, no entanto, a hist?ria v?-os de forma diferente, A hist?ria considera-os de outra forma, como as mentes mais iluminadas dos tempos turbulentos da evolu??o hist?rica da China, e co-respons?veis pelas realiza??es deste povo e de muitos outros no mundo, que, conhecendo ou n?o as obras destes grandes homens, lutam pelos seus pr?prios ideais e pelo bem-estar de todos os seres humanos.