Justiça, para quem?

Em toda situação de conflito, a imparcialidade afunda sob o amontoado de argumentos, debates e fatos, tanto, que não se pode fazer justiça ou direito a nenhuma das partes, tornando-se assim incertos. O resultado foi que, em vez de o trabalho do historiador ser semelhante ao do juiz, que verifica todas as evidências antes de atribuir o certo e o errado, a moda de nossos tempos marginalizou o fato e a verdade e atribuiu à narrativa relativa de cada parte igual validade. Este volume tenta, pelo menos, equilibrar a imagem, apresentando a história ao separar eventos reais, mesmo quando retratados de forma imaginativa, de narrativas imaginadas e, às vezes, fabricadas de forma demonstrativa, que não têm relação com o mundo real. Ainda assim, nenhuma objetividade pode ser reivindicada, pois apenas objetos inanimados não têm sentimentos ou qualquer bagagem emocional ou cultural. Mas pelo menos um esforço está sendo feito para abordar as sensibilidades e convicções de ambas as partes.