A Industria Cultural & a Criacao Do Mito Do Principe Encantado

I As sociedades do capital, a partir do desenvolvimento da Ind stria Cultural, criaram dois tipos padronizados e ideais de homens e mulheres, na maioria das vezes paradoxais em si mesmos como, por exemplo: 1- Homens que, ao mesmo tempo, s o ricos, inteligentes, musculosos, elegantes, fi is s suas amadas, carinhosos e pais de fam lia, etc., ou seja, as representa es fict cias perfeitas dos pr ncipes encantados; 2- Mulheres que, ao mesmo tempo, s o ditas do tipo de fam lia, comportadas, fi is, donas de casa, m es exemplares e, na mesma via, ditas escravas sexuais, gostosas, sex, sedutoras, etc. Como se v , esses dois ideais ditos perfeitos de homens e mulheres s o paradoxais e, portanto, com rar ssimas exce es, n o existem no mundo real. Ou seja, no mundo real, fora da fic o, os homens ditos ricos (estere tipos de pr ncipes encantados); ditos belos, musculosos, elegantes, etc., com raras exce es, n o est o em busca de uma s mulher para relacionamento, mas de v rias, usando-as como produtos descart veis; e, nesse sentido, n o est o tamb m procurando serem pais de fam lia. Isto , os homens, nessas condi es, quase sempre, n o pensam em se relacionar com uma s mulher: eles, na maioria das vezes, s o apenas pelas muitas mulheres "amados" e/ou idealizados como solu o para as suas vidas. Do outro lado, do feminino, d -se o mesmo: "Muitas mulheres que procuram, a todo custo - fazendo pl sticas, aulas intensas de academia, colocando pr teses de silicone, etc. -, investir maci amente na busca da beleza, tentando-se, assim, entrarem no dito padr o de beleza, n o o fazem para poder se relacionar com um s parceiro, mas para serem amadas e/ou desejadas por v rios (a)."